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O vereador Rosival Soares de Freitas (PSC), que é pastor da Igreja Assembléia de Deus presidida pelo pastor Isamar Ramalho, em pronunciamento na sessão desta terça-feira, 13, na Câmara Municipal de Boa Vista, contestou a decisão da retirada dos símbolos religiosos de repartições públicas no Rio Grande do Sul.
O vereador solicitou ainda junto ao Ministério Público, providências, visto que o povo brasileiro é um povo religioso, de fé, e que, por isso, não concorda com esta decisão.
Os vereadores Manoel Neves (PRB) e Volney Neves (PDT) endossaram as palavras de Rosival e também declararam que estão indignados com o desrespeito a símbolos que levam as pessoas a refletir sobre a Palavra de Deus e mal nenhum causam a ninguém.
Manoel Neves e Volney lembram que o povo brasileiro professa sua fé abertamente e essa iniciativa do Estado de Rio Grande do Sul é preocupante porque mostra uma decisão das autoridades daquele Estado com base apenas em reivindicação de uma minoria.
Ele explicou que no Brasil, a liberdade de religião e de opinião é considerada como um direito humano fundamental. Por sua vez, a Declaração Universal dos Direitos Humanos define a liberdade de religião e de opinião no seu artigo 18, afirmando que “todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”. E eu destaco aqui a expressão “em público”, que bem poderia ser aplicada ao caso das repartições públicas onde se pretende proibir a fixação de crucifixos e outros símbolos religiosos. Como o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é preciso respeitar os preceitos contidos no documento transnacional.
Para o vereador, a petição da Liga Brasileira de Lésbicas e a decisão favorável do Conselho da Magistratura gaúcha, se contrapõem de forma radical à característica religiosa do povo brasileiro.
“É preciso que se diga que se as preferências e direitos das minorias devem ser respeitados, a maioria da população também deve ter respeitados os seus valores éticos, morais e religiosos. No Brasil a maioria da população é cristã, quer seja pelo culto à fé católica ou evangélica ou mesmo de qualquer outra denominação religiosa. Portanto, é preciso que a crença dessa maioria absoluta também seja respeitada. A vontade de uma liga de mulheres homossexuais não pode se sobrepor à crença de milhares de cristãos, de famílias inteiras, que tem no crucifixo a simbologia do amor dAquele que veio ao mundo e se propôs a se sacrificar pela humanidade e deixou a cruz como sinal da sua passagem por aqui”, conclui.
Eudiene Martins
Fonte: Roraima em Foco |
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